Gerês Extreme Marathon, 42K


Boas corridas,
Sérgio Moreira, o nosso cicerone para a “maratona mais dura e bonita do mundo” comunicou-me em Abril e num encontro nosso em Cascais, desafiava também o Fernando Santos.
Passados 8 meses encontrá-mo-nos na “Gerês Extreme Marathon”, 42K repartidos por 3 atletas, portadores de diabetes, Tipo 1.
Fiquei em Braga na casa de, já posso considerar assim, um “familiar da diabetes”, só lá faltava o homem que a “arranjou”, o resto estávamos todos; os miúdos, as canídeas, os adultos, as iguarias no norte e até algumas da beira... A minha glicémia mostrou-se educada como nos melhores colégios da Europa, manteve-se, respeitosamente, na “linha”! Comemos bem, conversamos muito, mas, dormimos pouco. As doses de insulina a horas trocadas, as reduções necessárias pelo esforço que se ia fazer, o stress de sair muito cedo para não chegar atrasado, tudo isto, numa fórmula que nada tem de matemática, é quase um “tiro às escuras”...
O Sérgio “abria o caminho” para os primeiros 14K, com um desnível daqueles em que as pernas vão sempre a gritar, ora subia, ora descia, “um carrossel” adjetivava o Fernando.
Os das estafetas tinham saída de autocarro antes, isto representava esperar mais de hora e meia pelo relevo. Como o dia estava cinzento na Vila do Gerês, lá em cima, perto dos 900m de altura, eu que ia para “ver as vistas”, não tive a tarefa facilitada. Havia nevoeiro e uma chuva miudinha que ia e vinha, nesse ponto de abastecimento, amavelmente, serviram-nos chá quente e/ou cevada e esperámos...
Estava com dois sensores Libre, acabando um tinha uma hora pelo início do outro, neste procedimento, no meio dos aquecimentos que todos optamos por fazer, incentivados pela chuva e o frio que fazia, passa o primeiro atleta solo dos 42K. As mãos não mais pararam de incentivar os atletas e começam os relevos, o norte estava em força, eram 48 estafetas, aparece o Sérgio e trocámos o testemunho, entreguei-lhe uma camisola aquecida, boa sorte e fui!
Nos primeiros 4K, sempre a subir em direção à mata da Albergaria, ultrapassei 3 estafetas, não apanhei mais. As árvores formosas e altas, têm tanto de belo como de místico, o tal nevoeiro, pingava-nos no corpo serra acima, mas esta serra do Geres é fantástica sobretudo para visitar sem pressão! Ia com o compromisso de não defraudar, indiretamente estava “aos saltos” assim como a glicémia, daquele “tiro” lá atrás, do stress, ou o tempo de esperar uma hora para nova leitura, ela estava “indomável”!!! Corrigi com duas unidades, mas não baixou muito, passei pela cascata de Leonte, entramos mata dentro, ladeamos a barragem de Vilarinho das Furnas, chegámos à estrada, outra vez, e subimos mais um pouco...
O Fernando estava à minha espera no Museu da Jeira Romana, entrega-me o seu casaco e segue, como ele bem sabe fazer, a “abrir”. Era o nosso “check-mate” e não era por mero acaso, campeão europeu de maratona em atletas portadores de diabetes, conquistada este ano na maratona de Roma, “embrulhou nas pernas” 8 estafetas. Eu, ao entrar no autocarro que nos levava para a meta, tive tempo de mandar uma sms a dizer que ia a caminho para acordar à chegada...
Ultra Diabético Sérgio Moreira já tinha sido entrevistado pelo speaker para falar da equipa de 3 diabéticos T1, do Projecto blue O e da desmistificação da diabetes no desporto, insisto, é um complemento do seu tratamento. Voltei a fazer correção ao valor da glicemia, estava a terminar de comer o caldo aquecido em panelas de ferro, quando chega o Fernando Santos a Correr com Diabetes. Acabámos na posição 15º de 48. Não interessa a camisola, os tempos e/ou as personagens, importante é a tua atitude perante a tua diabetes, temos de ser um para o outro. Passámos a mensagem.
Quanto à Serra do Gerês, count me in!
casf

Abbott Portugal

14 Nov "Prevenir e viver com a diabetes"




Bom desporto,
Foi com todo o interesse e motivação, para ajudar à sua desmistificação, que participei na palestra "Prevenir e viver com a diabetes", promovida pelo Agrupamento de Escolas Amato Lusitano alusiva ao dia mundial da diabetes, 14/11.
Obrigado pelo convite.
Projecto blue O



Trail Abrantes, 25K


Boas corridas,
A última vez que estive em Abrantes para participar num evento desportivo foi em 2012, na altura era o BTT, 6h de resistência, incluídas nas provas de 24h. A diabetes acompanha-me sempre, é ela quem disfruta disto tudo, na realidade é só passeio “às minhas pernas”!!!
Este ano fui à versão mais simples do “Trail Abrantes 100”, 25K. Fui com a logística toda e encontrei-me com o meu amigo José Amaro que está um “pró”, pelo menos, quase todos os fins-de-semana marca presença, este, vinha a descomprimir da maratona de Lisboa. Verdade seja dita estava com uma direta, durante a noite, deu apoio ao amigo Moisés, que fazia a solo os 100K!
Nos primeiros 5K, a dada altura, passei por um corredor que me diz “diabetes?!”, levantei a mão e respondi “presente”! Era de Gaia e conhecia o Moreira, passámos uns 5 min à conversa sobre os exemplos de quem “leva a diabetes a passear”, sobretudo durante uns valentes quilómetros e com isso o Projecto blue O vai aumentando o seu Curriculum.
Ia “levezinho”, mas a glicémia subiu com uma banana e uma “pitada” de nervosismo, normal em mim. Era um percurso muito rolante, sem tecnicidade. Os abastecimentos eram do melhor, em variedade e qualidade, muito bons, e estavam repletos de gente que dava assistência aos atletas das estafetas; dos 100k e 50k. Uma alegria ver e ouvir as “forças” das suas vozes. Repunha líquidos, com água, coca-cola e refiz o Vitargo Electrolyte, trinquei alguns hidratos rápidos, mas poucos. A glicémia com este tipo de percurso “gasta-se" pela quilometragem e não pela adrenalina!
Desde Janeiro que não praticava trail, no seu formato original, e claro, não foi o subir e descer escadas, uma ou duas semanas antes, que me livraram da “marreta”. “Tocou-me” numa perna e “magoou-me” numa planta do pé. Isto é da idade, dizem alguns, da falta de treino, digo eu, e da loucura de quem quer ser livre, diríamos todos os que por lá andaram e voltam sempre!
Parecia combinado, mas não foi, e num descampado estava um apoiante, que dava forças aos que iam passando quando me pergunta, eu sem parar, “onde arranjaste essa t-shirt?”, respondi “fui o fulano que inventou isto”... Não parei, mas ele soube o que fazer...
Os últimos 5K fiz no misto de caminhada e corrida “leve”. A glicémia era a única que estava impecável, 100 e poucos... Estava o meu pequeno à minha espera, para me acompanhar à meta e contou-me tudo do que já se tinha passado, quem chegou, posições, tempos e eu a arrastar-me!
Já depois de “cruzar o risco” vei ter comigo o apoiante do descampado, era o Joao Martins, DT1 recém diagnosticado, pai de um rapaz, também ele DT1, e falámos sobre os amigos comuns, da diabetes e do desporto. Ele já é um exemplo no hospital onde é seguido, e com o filho, “tratam a diabetes por tu”! Pareciam cerejas, as conversas e os amigos, e acabei por “arrastar” o tempo até verificar novamente a glicémia, resultado hiper para cima!
Depois do banho, do almoço e de mais conversas, o meu amigo e organizador Nuno, confirmou a minha presença para 2019, eu para falar de desporto e diabetes, a ela vou pô-la a treinar, para melhorar o tempo deste ano!
Corridas boas,
casf

#SpOrtgivechance, Itália, Spoleto



Bom desporto,
Ser convidado para ir a Itália representar a FPAD - Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, é sinónimo de, em algum ponto, se estar a fazer a diferença e isso é graças ao "Projecto blue O".
De Portugal fomos 23 pessoas, maioritariamente com diabetes, enfermeiras - todas conhecedoras na 1ª pessoa - médicas da especialidade e acompanhantes. Estiveram 16 países num total de 320 atletas.
O município de Spoleto - Umbria, Itália - através de parceiros nacionais e internacionais, pelo Programa Erasmus +, desenvolveram o projeto com o nome “Diabetic Runners and Cyclists for more sport for all in Europe - "#SPORTGIVECHANCE"” promovendo o desporto na sua envolvente social e capacidade de inclusão.

A FPAD marcou os primeiros pontos logo pela empatia que gerou no "transfer" para Cascia, local de repouso da nossa delegação, da Turquia, Hungria e Bulgária. Para o ano levamos os galhardetes para trocar!
A logística foi enorme e a organização não teve "mãos e pés a medir", no espaço de horas, do programa que nos foi entregue para os 4 dias, haviam alterações e/ou os horários eram atualizados, mas tudo se fez, ou não fosse a nossa líder - "big chefe" - bilingue em Português - Italiano. Tendo lá trabalhado durante 10 anos, era “tu-cá, tu-lá”, gesticulando à medida que falavam, mas sempre com a calma característica da nossa líder... Digno de filme!
As visitas à cidade e os seus pontos de interesse turístico, palestras e colóquios, caminhadas, gincanas para os mais pequenos, e não só, ensaios e as provas de ciclismo de estrada e BTT - 200K e 50K e as corridas citadinas - 11K e 20K.
Portugal destaca-se nas comparticipações associadas à diabetes, algumas na sua totalidade e outras em grande parte; insulinas, glicómetros, agulhas, fitas, lancetas, canetas o Libre. Não confundir com o “ser gratuito”, tudo é pago diretamente por nós, contribuintes, haja saúde! Na disponibilização das bombas de insulina ainda há muito trabalho a fazer, sobretudo, pela existência de uma burocracia orçamental governativa "de 4 anos", se compararmos com alguns países em que é receitada numa consulta da especialidade com todos os benefícios que daí advêm, qualquer um deveria poder experimentar, pelo menos!
A FPAD convocou várias associações nacionais para este encontro, sendo uma experiência enriquecedora a todos os níveis. Fui a “cara” do Projecto blue O e da Associação dos Diab(R)etes-Portugal e voltei a reencontrar os amigos da ANIAD - Associação Nacional Italiana de Atletas Diabéticos, que não falham uma prova! Era durante as refeições que se criavam muitas das sinergias nos pormenores da diabetes, a dita contagem de hidratos dá “pano para mangas”… Há quem tenha balanças ao estilo de um espião (pequenas e discretas), e é tão bom ficar a saber mais sobre a diabetes, sobretudo neste contexto tão importante.
Nestas conversas troco algumas ideias e adquiro sempre novos conhecimentos. Fiquei a conhecer novas pessoas desta “família” e com outros diálogos descobri que, a provável, dor no meu ombro que tive durante vários meses, "frozen sholder", tem uma forte probabilidade de estar associada com a minha diabetes de mais de 20 anos! Muita literatura que tenho pela frente...
Eramos só DT1, e havia de tudo, desde quem tem diabetes há mais de 40 anos até aos adolescentes com a idade das experiências, que também fazem parte! Partilho 2 exemplos; uma criança de 8 anos que “funciona como um Ferrari” com a sua diabetes e a mãe, médica e endócrinologista, era como a “chefe da oficina”, afinava e fazia ajustes no “motor”, só mesmo para estar “tudo a postos”. Privei com um adulto que nunca tinha estado num evento assim, menos ainda, só com pessoas com diabetes. Reconheceu de imediato a “grande empatia que se cria” com as pessoas e os conhecimentos. A minha opinião sobre o facto de “escondermos” a nossa condição “isola-nos" do mundo na qual a diabetes tem de participar, faz parte da aceitação. Participou na prova de BTT, 50K, com 2000m de acumulado positivo, em que na sua condição, e tudo correu bem, várias vezes lhe reforçaram a coragem e o exemplo. Percebe-se a força com que se fica para tratar a nossa diabetes e partilhar com os outros como é possível?
Na gincana de obstáculos os pequenos superaram os medos que "levavam nos pedais"... Na corrida de 11K todos finalizaram, uns numa estreia, outros com “recorde pessoal”, outros a caminhar, mas todos com sentimento de superação pessoal. Fica-se com uma força maior para tratar da nossa diabetes. Nos 21K trouxemos um 1º e um 6º lugar. O nosso 1º lugar já tem currículo em Itália e até é campeão europeu de maratona, 42K, para atletas com diabetes.
FPAD - Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes apelidou-nos de “fenómenos” pelas nossas atitudes, que perante a diabetes, são as pessoas que munidas das ferramentas necessárias tomam ações, mostrando que é possível desmistificar a doença, cada um à sua maneira. Obrigado.
Desporto bom,
casf

Triatlo Pampilhosa da Serra, versão sprint


Bom desporto,

Fui até à Pampilhosa da Serra participar no 1º triatlo na sua magnífica praia fluvial, as condições são adoráveis, mas chegar até lá é upa upa! Muita curva e quando vamos em cima da hora é uma "hiper glicémia"!

Chegamos e tive tempo para "tentar" corrigir a glicemia com umas doses de rápida, mas a versão era a sprint, é rápida, mas ou havia stress na água ou as doses de insulina diluíram-se - ironizo! Eu disse tentei.

O meu pequeno/"swimmer PT" diz que tenho uma técnica perfeita nos bruços, por isso, saí da água quase em último! Crawl, a respirar à frente, foi muito pouco o que nadei... No parque de transição para a bicicleta o Freestyle indicava uma tendência de descida, mas a glicémia estava alta...

Tirei proveito da minha "pele e osso" logo à saída da transição subíamos alguns 8K, dos 21K totais, outros 8K foram em descida vertiginosa, com este cenário a recuperação de posições foi evidente. Impressionantes foram as águas fresca que a organização reponha para todos! Combinei com o Vitargo Electrolyte, mas a glicémia voltava a subir à chegada para a ultima transição.

Para a corrida, 5K, foi gerir e aguentar com água fresca as 3 voltas, nada planas, do circuito. Acabei com "292mg/dL" (no Freestyle) com tendência de descida!

Provavelmente para fazer mais, só com uma calculadora...

Desporto bom,
casf

www.omeubtttemdiabetes.blogspot.com
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Abbott Portugal
#vitargoathlete Vitargo & Energikakan
GripGrab
EM3
Polisport Bicycle
Silincode Portugal
Ciclonatur
FeelsBike
Freego Bolsas Para Insulina

Makalu


Boas corridas,
- Os treinos vão começar...
- Workouts they will start...
O sonho de treinar, em total autonomia, um cão, neste caso uma cadela de nome Makalu, para as quedas bruscas de açúcar no sangue, se bem que acordo durante a noite, se for o caso, mas nunca será demais ter alguém a insistir com o aviso das alterações glicémicas.
Um processo difícil e moroso...
Até lá, também, contamos com as inovações tecnológicas...
casf
  
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