Trail Abrantes, 25K


Boas corridas,
A última vez que estive em Abrantes para participar num evento desportivo foi em 2012, na altura era o BTT, 6h de resistência, incluídas nas provas de 24h. A diabetes acompanha-me sempre, é ela quem disfruta disto tudo, na realidade é só passeio “às minhas pernas”!!!
Este ano fui à versão mais simples do “Trail Abrantes 100”, 25K. Fui com a logística toda e encontrei-me com o meu amigo José Amaro que está um “pró”, pelo menos, quase todos os fins-de-semana marca presença, este, vinha a descomprimir da maratona de Lisboa. Verdade seja dita estava com uma direta, durante a noite, deu apoio ao amigo Moisés, que fazia a solo os 100K!
Nos primeiros 5K, a dada altura, passei por um corredor que me diz “diabetes?!”, levantei a mão e respondi “presente”! Era de Gaia e conhecia o Moreira, passámos uns 5 min à conversa sobre os exemplos de quem “leva a diabetes a passear”, sobretudo durante uns valentes quilómetros e com isso o Projecto blue O vai aumentando o seu Curriculum.
Ia “levezinho”, mas a glicémia subiu com uma banana e uma “pitada” de nervosismo, normal em mim. Era um percurso muito rolante, sem tecnicidade. Os abastecimentos eram do melhor, em variedade e qualidade, muito bons, e estavam repletos de gente que dava assistência aos atletas das estafetas; dos 100k e 50k. Uma alegria ver e ouvir as “forças” das suas vozes. Repunha líquidos, com água, coca-cola e refiz o Vitargo Electrolyte, trinquei alguns hidratos rápidos, mas poucos. A glicémia com este tipo de percurso “gasta-se" pela quilometragem e não pela adrenalina!
Desde Janeiro que não praticava trail, no seu formato original, e claro, não foi o subir e descer escadas, uma ou duas semanas antes, que me livraram da “marreta”. “Tocou-me” numa perna e “magoou-me” numa planta do pé. Isto é da idade, dizem alguns, da falta de treino, digo eu, e da loucura de quem quer ser livre, diríamos todos os que por lá andaram e voltam sempre!
Parecia combinado, mas não foi, e num descampado estava um apoiante, que dava forças aos que iam passando quando me pergunta, eu sem parar, “onde arranjaste essa t-shirt?”, respondi “fui o fulano que inventou isto”... Não parei, mas ele soube o que fazer...
Os últimos 5K fiz no misto de caminhada e corrida “leve”. A glicémia era a única que estava impecável, 100 e poucos... Estava o meu pequeno à minha espera, para me acompanhar à meta e contou-me tudo do que já se tinha passado, quem chegou, posições, tempos e eu a arrastar-me!
Já depois de “cruzar o risco” vei ter comigo o apoiante do descampado, era o Joao Martins, DT1 recém diagnosticado, pai de um rapaz, também ele DT1, e falámos sobre os amigos comuns, da diabetes e do desporto. Ele já é um exemplo no hospital onde é seguido, e com o filho, “tratam a diabetes por tu”! Pareciam cerejas, as conversas e os amigos, e acabei por “arrastar” o tempo até verificar novamente a glicémia, resultado hiper para cima!
Depois do banho, do almoço e de mais conversas, o meu amigo e organizador Nuno, confirmou a minha presença para 2019, eu para falar de desporto e diabetes, a ela vou pô-la a treinar, para melhorar o tempo deste ano!
Corridas boas,
casf

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